A Rússia decidiu estender até ao final do ano a proibição de exportações de combustível, numa tentativa de responder à crescente escassez de gasolina e gasóleo no país. A falta de derivados tem-se agravado após uma série de ataques de drones ucranianos contra refinarias, estações de bombeamento e infraestruturas ferroviárias de transporte de combustível.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, confirmou que o embargo, inicialmente aplicado de forma parcial em março e alargado em julho, será novamente prorrogado, passando também a incluir algumas exportações de gasóleo. Apesar de admitir uma “ligeira escassez”, Novak garante que a situação está a ser compensada com reservas internas.
A imprensa russa relata que vários postos de abastecimento em diferentes regiões já começaram a racionar gasolina e gasóleo, limitando a quantidade disponível por cliente. A Rússia, um dos maiores produtores mundiais de gasóleo, vê assim comprometida uma importante fonte de receita num momento de crescente pressão sobre as suas cadeias de abastecimento.